Bem-vindo ao nosso site
É com grande satisfação que a Associação dos Geógrafos Brasileiros, seção local Marechal Cândido Rondon disponibiliza mais um meio de divulgação de suas atividades. Congregando informações a agebeanos e agebeanas. Um local de diálogo entre todos os associados. Convidamos todos os associados a participarem do processo de construção coletiva do site.
MANIFESTO DA IV JORNADA DE PESQUISAS SOBRE A QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ
UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, 15/11/2016
Nós, Camponeses, Estudantes, Indígenas, Pesquisadores e Professores da Educação Básica, de diferentes regiões do Estado, presentes na IV Jornada de Pesquisas sobre a Questão Agrária no Paraná, vimos a público denunciar e expressar nossa preocupação com o retrocesso de instrumentos jurídicos, Políticas, Programas e outras medidas ligadas ao campo e que foram objeto de intenso debate durante a Jornada.
A atual destruição de instâncias internas ao Estado brasileiro que tinham por atribuição a garantia de direitos inalienáveis constitucionalmente garantidos aos sujeitos do campo, - a exemplo das populações indígenas, povos tradicionais e camponeses beneficiários da reforma agrária e pequenos agricultores de um modo geral -, é medida de extrema gravidade, que vulnerabiliza em massa a população do campo e da cidade, impondo recessão econômica e fazendo ruir conquistas sociais.
Segundo o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na última década, a expansão da agricultura capitalista, falsamente confundida com agronegócio, consumiu, em média, 87% dos recursos públicos destinados ao campo. Contudo, há que destacar que o extraordinário impacto dos parcos 13% de investimentos na agricultura dos pobres, foram determinantes para a exclusão do Brasil do mapa da fome no mundo, fato ocorrido em 2014, conforme anunciado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
No contexto dos impactos econômicos virtuosos como o dos mercados institucionais, traduzidos em aumento da produção de alimentos saudáveis para a cidade e o campo e que, pela primeira vez na história do país, chegou às escolas, hospitais e feiras que alimentam o povo brasileiro, houve melhoria das condições de vida das populações do campo e das cidades e construção dos princípios de sustentabilidade garantidos pela expansão da agricultura agroecológica, acesso à Educação do Campo, reconhecimento identitário, entre outros. Esses feitos se deram amplamente ancorados em políticas públicas focadas no Desenvolvimento Rural, mas que na prática, desdobraram-se em Desenvolvimento Local, em função de basear-se na agricultura lastreada na produção de alimentos saudáveis e geração de empregos.
No entanto, a recente intensificação do processo de criminalização dos movimentos sociais do campo e a invisibilização da produção camponesa que, segundo o próprio Estado brasileiro (IBGE, 2012), contribui com 38% do faturamento agropecuário brasileiro, têm sido utilizadas para justificar a retirada dos recursos e a destruição dos direitos dos marginalizados de sempre. Ao mesmo tempo, o reconhecimento das diversas identidades de povos e comunidades tradicionais não tem servido para um reconhecimento dos seus territórios, ao contrário, diversas PEC’s estão sendo tramitadas para acabar com essa possibilidade.
Assim, vivenciamos um processo de retrocesso que nos preocupa e nos instiga a apresentar denúncias, com base em nossa presença cotidiana no campo, por meio de pesquisas, inúmeras ações extensionistas e processos educativos por nós desenvolvidos.
DENUNCIAMOS, em primeiro lugar, a situação de descaso e repressão que sofrem os povos indígenas na região Oeste do Paraná. Após visitar, durante o evento, quatro aldeias de Terra Roxa e Guaíra (Tekoha Yvyporã, Tekoha Tatury, Tekoha Mirim e Tekoha Karumbey) registramos múltiplos direitos humanos, sociais e territoriais desrespeitados e vulnerabilizados que expomos a seguir:
- O Estado brasileiro está se retirando de cumprir com suas obrigações fundamentais: por exemplo, na Tekoha Yvyporã há uma semana que a Sanepar não enche a caixa d’água; todas as aldeias sofrem com a demora do encaminhamento médico, que coloca em risco a vida dos indígenas (até foram relatados casos de mortes por falta de atendimento médico de urgência); não são fornecidos com regularidade remédios básicos para enfrentar as doenças; especialmente grave é o caso da obrigação de deslocar as mães em trabalho de parto para a cidade de Maripá (a mais de 80 km) quando poderiam ser encaminhadas para Guaíra (a menos de 20 km); a Copel não instalou redes de energia elétrica nas aldeias; as escolas com suas infraestruturas precárias não recebem merenda, mobiliário adequados e nem materiais em tempo para poder realizar as atividades didáticas, forçando os professores indígenas a arcar com a compra dos mesmos; o Estado dificulta o registro civil dos indígenas que tem que se deslocar até Guarapuava-PR (aprox.. 400 km) ou até o Mato Grosso do Sul para poder obter documentos. Tais registros são usados contra os mesmos posteriormente, pois lhes negam direitos pelo fato da documentação os colocarem na condição de “estrangeiros”; a Fundação Nacional do Índio(FUNAI) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) funcionam precariamente, sem orçamento, sem funcionários suficientes e sempre com ameaças, cada vez mais intensas, de serem fechadas.
- Para além da sociedade, na institucionalidade do Estado (escolas, hospitais, postos de saúde, sistema judiciário, entre outros) foram relatadas contínuas formas de tratamentos e abordagens preconceituosas contra os povos indígenas da região;
- Existem contínuas ameaças físicas e verbais aos indígenas por parte de bandos armados (milícias), compostas por pistoleiros, jagunços e pelo próprio aparelho repressor do Estado, capitaneados por proprietários rurais e suas organizações (Sindicatos Patronais, ONGDIP - Organização Nacional de Garantia ao Direito de Propriedade, etc.) que são contra os direitos dos indígenas. Por outro lado, boa parte da população em geral acaba incorporando esse discurso, ao ser influenciada por campanhas mentirosas de desprestígio contra as formas de viver indígena e contra seus direitos ao território.
- Os indígenas da região estão sofrendo o envenenamento continuo por agrotóxicos, em virtude da proximidade das terras plantadas de soja (foram observadas moradias a menos de três metros das lavouras). A água a que têm acesso, quando isso ocorre, está contaminada pelo uso de venenos, que também matam suas próprias lavouras e seus animais. Os indígenas não têm acesso a áreas de florestas que possam viabilizar seus modos de vida e ser fonte de alimentos, de remédios, de práticas religiosas ancestrais e de materiais para construção de suas moradias e de seus utensílios cotidianos.
- O maior descaso, violência e problemas recaem na demora injustificada do trâmite da demarcação das terras indígenas que colocam os referidos sujeitos em situação de vulnerabilidade e interdição de direitos. A demarcação das terras deve ser imediata para que se possam atender as demandas dos direitos e das necessidades indígenas. Assim, deve-se pensar com eles sobre seus direitos ao território de vida. Porém, a demarcação deve vir acompanhada de outras medidas que ajudem a consolidar os direitos indígenas e, sobretudo, de outras voltadas à sociedade em geral para que se dê um passo à frente para (re)conhecer e para entender os diferentes, porém semelhantes, que são os indígenas.
São tantos os direitos desrespeitados que até parece que não há solução, mas a tristeza, a dignidade e a firmeza com que os povos indígenas nos relataram sobre suas lutas e suas re-existências e também os sorrisos e brincadeiras das crianças nos fazem sair desse evento com a certeza de que a sua luta é a nossa, que a defesa de uma sociedade brasileira melhor passa pela garantia dos seus direitos territoriais, mas também de suas formas de vida que nos ensinam valores fundamentais a cada dia.
Essas denúncias confrontam um modelo de campo baseado em uma macroeconomia enganosa que mantém os desequilíbrios e as desigualdades, os monopólios e os lucros para poucos, o uso indiscriminado e mortal dos agrotóxicos, as técnicas irresponsáveis das corporações, as injustiças sociais. Um modelo que relega o papel do Estado a subsidiar o benefício de um agronegócio para poucos e que esbanja bens naturais e financeiros. Trata-se de um modelo que coloca em risco, definitivamente, a vida. Esse modelo da modernização da agricultura que não respeita a diversidade de saberes do campo brasileiro, que acirra seus problemas e que limita a reprodução da diversidade de povos no campo é um MODELO QUE NÃO SERVE, que deve ser radicalmente transformado a partir dos projetos fundados na justiça social que as mobilizações já estão promovendo.
Por isso conclamamos o engajamento de cada brasileiro para que participe do esforço de desconstrução da barbárie que está em marcha, através do apoio às seguintes ações:
- Bloquear as mudanças legais que flexibilizam o CONTROLE SOBRE OS AGROTÓXICOS que colocam em risco a saúde pública, as águas, solos e florestas.
- Ampliar a ação política para o RESTABELECIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS voltadas à agricultura familiar camponesa.
- Ampliar os incentivos para fortalecer uma EDUCAÇÃO DO CAMPO promovida com, pelos e para os sujeitos do e no campo e, a partir de suas realidades concretas.
- Apoiar uma profunda e estrutural REFORMA AGRÁRIA fundada em outro modelo de produção e de vida para o campo, baseada na redistribuição de terras, renda, riqueza e poder no meio rural e no país.
- Impedir a aprovação das LEIS que abrem as porteiras para que os estrangeiros adquiram terras indiscriminadamente no Brasil, fator de grave processo de desnacionalização, perda da soberania territorial e despojo dos territórios indígenas, dos povos tradicionais e dos camponeses.
- RECHAÇAR, DENUNCIAR E DIVULGAR todas as ações arbitrárias e violentas cometidas pelo Estado do Paraná contra os trabalhadores rurais sem-terra como o ocorrido em Quedas do Iguaçu, na Escola Nacional Florestan Fernandes em São Paulo, e Centro de Pesquisa e Capacitação Geraldo Garcia (CEPEGE) no Mato Grosso do Sul (operação Castra).
- Exigir o FIM DA CRIMINALIZAÇÃO dos movimentos sociais e a imediata liberdade de todos os presos políticos no Brasil.
- DENUNCIAR E LUTAR CONTRA A PEC 215/2000 que elimina o arcabouço constitucional protetivo sobre todas as Unidades de Conservação e todas os territórios indígenas e de povos tradicionais no Brasil, em favor do império absoluto da grilagem no qual repousa a possibilidade derradeira de ampliação da propriedade privada capitalista da terra.
As pesquisas, os debates, as visitas em campo e a descrição de nossas lutas cotidianas nos deram elementos para nos posicionar desta forma frente à quantidade de problemas e ameaças que nos interpela profundamente. Com essa carta queremos fortalecer caminhos para a ação conjunta propondo ações e reflexões que nos permitam construir alternativas comuns.
Plenária final da IV Jornada de Pesquisas sobre a Questão Agrária no Paraná
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O Programa de Pós-Graduação em Geografia – Área de Concentração: Espaço de Fronteira convida a todos para a Palestra:
"Ditadura no Espaço de Fronteira Paranaense: resistências e repressão"
Profª. Drª Carla Luciana Souza da Silva
Docente do curso de Mestrado em História da Unioeste. Coordenadora do Projeto de Pesquisa Ditadura no Oeste do Paraná: História e Memória. Autora dos livros - VEJA: o indispensável partido neoliberal (Edunioeste, Cascavel, 2009) e Onda vermelha, imaginários anticomunistas (Edipucrs, Porto Alegre, 2001).
Data: 21 de outubro
Horário: 19h30 horas - Tribunal do Júri
Realização: Mestrado em Geografia – UNIOESTE, Campus de Marechal C. Rondon
Apoio: AGB-Seção Local Marechal C. Rondon e Colegiado do Curso de Geografia
AGB-MocaoApoioAraupel.pdf (50,2 kB)
AGB-MocaoRepudioAraupel.pdf (48,5 kB)
MOÇÃO DE APOIO
A AGB Marechal Cândido Rondon vem a público manifestar total apoio a greve dos profissionais da educação básica da rede estadual de ensino do estado do Paraná. Segue o documento abaixo, o mesmo pode ser encontrado em pdf neste clicando aqui.
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VII CONGRESSO BRASILEIRO DE GEÓGRAFOS
A AGB e a Geografia brasileira no contexto das lutas sociais frente aos projetos hegemônicos
Apresentação
O Congresso Brasileiro de Geógrafos – CBG, realiza-se a cada 10 anos desde 1954, reunindo geógrafos (estudantes de graduação e pós-graduação, professores da educação básica e do ensino superior, pesquisadores, técnicos e todos aqueles que pensam e agem no mundo a partir da Geografia) de todo Brasil para debater os rumos da Geografia brasileira e da AGB. Em sua VII edição, a se realizar em Vitória/ES entre 10 e 16 de agosto de 2014, no Campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Av. Fernando Ferrari, nº 514, Goiabeiras, Vitória/ES. O CBG terá como tema “A AGB e a Geografia brasileira no contexto das lutas sociais frente aos projetos hegemônicos”.
No momento histórico que o país atravessa, com grandes manifestações populares que colocam em questão o modelo de desenvolvimento brasileiro, a AGB se soma aos que, nas ruas, nas salas de aula, no seu cotidiano buscam contribuir para a construção de uma sociedade mais democrática, justa e igualitária. Neste sentido, vislumbramos o VII CBG como um processo que abrange temporalidades (i) de balanço dos últimos 10 anos (da entidade, da sociedade e da geografia brasileira), (ii) de projeção de 10 anos para o futuro, e (iii) de um ano e meio de organização do evento. Nesta perspectiva estamos solicitando à comunidade geográfica contribuições para a construção do CBG em torno de três eixos: 1) A AGB e a Sociedade; 2) A AGB e sua institucionalidade; 3) A AGB e a Geografia brasileira.
3ª Circular do CBG-2014
13/03/2014
VII Congresso Brasileiro de Geógrafos (CBG)
A AGB e a Geografia brasileira no contexto das lutas sociais frente aos projetos hegemônicos
10 a 16 de agosto de 2014 – Vitória/ES
Terceira Circular
*AS INSCRIÇÕES PARA O VII CBG JÁ ESTÃO ABERTAS NO SITE
Prazos e taxas de inscrição
Mesas redondas
Mesa de Abertura
“A AGB e a produção científica da geografia brasileira”
Demais Mesas Redondas:
1. Entidades científicas e lutas sociais.
2. 25 anos da “Constituição Cidadã”: o papel do geógrafo no processo de redemocratização brasileira.
3. Periódicos, publicações, encontros: o que nós produzimos revela sobre a geografia que fazemos?
4. Ser geógrafo(a) educador(a) no país da Copa: grandes obras, grandes eventos... e a Educação Pública?
5. Fala Professor: cotidiano, experiências e práticas pedagógicas dos professores de geografia no ensino básico.
6. Professor em Movimento: quem educa luta?
7. Mudanças climáticas e capitalismo verde.
8. SIG e cartografias: novas ferramentas e a alienação do fazer geográfico.
9. Repensando o espaço da(na) natureza e a natureza do(no) espaço.
10. Lutas indígenas e os Territórios em disputa.
11. A questão agrária e a soberania alimentar: agroecologia e a problemática dos agrotóxicos.
12. Movimentos sociais: novos atores, novas formas de luta.
13. Cadê aquela praia? Um porto comeu.
14. Grandes projetos de infraestrutura energética e as disputas pelo território.
15. Conflitos territoriais, grandes projetos nacionais e natureza.
16. Mobilidade urbana e luta pelo direito à cidade.
17. Desastres para quem? Produção do espaço urbano, vulnerabilidade e risco nas cidades brasileiras.
18. O apito foi dado: os megaeventos esportivos e a reorganização das cidades.
19. O(s) espaço(s) e as Geografias do gênero e sexualidade na sociedade contemporânea.
20. Ofensiva do capital sobre o campo e a cidade: a resistência das mulheres nos territórios.
Ementas das Atividades
Grupos de Trabalho
Os GTs (Grupos de Trabalho) são espaços de mobilização e produção coletiva de posicionamentos dos agebeanos e da AGB, cujo objetivo principal é pensar e realizar ações e intervenções na Sociedade, na Geografia e na própria entidade. Essas ações têm como subsídio o saber geográfico, cujo importante componente é a proximidade da realidade propiciada, por exemplo, a partir de relações com movimentos sociais. Os GTs se organizam em torno de recortes temáticos e reagem às atitudes demandadas pela sociedade ou à proposição interna de ação do próprio GT. Assim fortalecem a atuação política das Seções Locais da AGB, através de reflexões, formações e intervenções.
Os Grupos de Trabalho propostos devem ser resultados de acúmulos de discussões e ações de cada Seção Local, em caráter local e/ou regional e/ou nacional. As inscrições dos GTs serão realizadas pelas Seções Locais. Cada Seção Local poderá propor GTs de acordo com suas demandas, desde que aprovados em suas respectivas assembleias e devidamente comprovados em Ata.
Os coordenadores indicados deverão ser associados da AGB. Os GTs propostos serão apresentados no VII Congresso Brasileiro de Geógrafos (CBG) mediante uma subdivisão temática feita pela comissão de GTs, por isso é imprescindível que cada Seção Local indique a pluralidade de ações que ocorrem em cada GT local, através do envio de uma listagem para o endereço eletrônico da Comissão de GTs com: 1. Nome da seção local; 2. Indicação dos GTs ativos e suas atuais e respectivas abordagens; 3. Indicar se aceita ou não dividir espaço no CBG para dialogar com outros GTs, de outras seções locais, que estejam com abordagens próximas, complementares, ou que incidam sobre a mesma temática - sendo essa divisão dos espaços organizada pelos critérios da Comissão de GTs.
A comissão de GTs tratará de articular as temáticas na composição dos espaços. Os GTs no CBG serão formados por quantos membros quiserem participar do espaço, considerando o nível de envolvimento de cada associado com a temática a fim e o limite de pessoas que as salas comportarem (a ser definido). Os participantes dos GTs deverão apresentar um Relatório Final de suas atividades no Fórum de GTs, elaborado coletivamente, indicando suas propostas de ações que serão avaliadas e aprovadas na Plenária Final. O Fórum de GTs será o ponto de culminância e articulação de todos os GTs que ocorrerem no CBG. No Fórum de GTs serão aprofundadas questões como a atuação da AGB na atual conjuntura política brasileira, a concepção do GT no interior da AGB e o movimento de Articulação Nacional dos GTs.
A importância que os GTs têm na entidade reflete o entendimento de que a dinâmica da sociedade impõe mudanças a AGB, e de que a AGB está comprometida com esse processo. O Fórum de GTs representa, portanto, um momento fundamental para a construção da entidade.
Trabalhos de Campo
As atividades de campo se confundem com a própria história da Geografia enquanto Ciência, e, em função da sua importância, os trabalhos ou atividades de campo tornaram-se presença permanente nos eventos acadêmicos da Geografia. Os eventos da AGB não fogem a essa regra. Nos primeiros eventos de caráter nacional da entidade, as “expedições científicas”, como eram chamadas, constituíam-se na motivação principal do encontro.
Desde as “expedições científicas” a AGB se transformou, assim como seus eventos e a própria Geografia brasileira. No entanto, as atividades de campo continuam como componente significativo dos eventos da entidade.
No VII CBG, as atividades de campo têm como objetivo principal estabelecer um diálogo entre o tema e os eixos temáticos do congresso e a realidade local. Nesse sentido, espera-se que os trabalhos de campo problematizem as questões do território capixaba, enriquecidas com as trocas de experiências e as percepções dos geógrafos de todo o país. E ao proporcionar tais diálogos, a expectativa é que essa atividade, de um lado, contribua com a compreensão das questões locais e, de outro, com a formação dos participantes do VII CBG.
As atividades de campo do VII CBG serão realizadas na quarta-feira (13/08). A proposta de realização do campo no meio da programação, e não no final, reflete uma tentativa de proporcionar maior centralidade a essa importante atividade no evento.
Espaço de Socialização de Coletivos – ESCs
Esta atividade tem o caráter de fortalecer a discussão de coletivos. Estes coletivos podem ou não se constituir enquanto grupos relacionados a algum órgão de fomento à pesquisa e estará aberto aos grupos constituídos por movimentos sociais, ambientais, culturais e políticos que queiram socializar suas pautas de luta ou reivindicações. Os ESCs servem, portanto, para que os grupos acadêmicos e não acadêmicos possam socializar suas discussões com todos os congressistas.
Espaços de Diálogos e Práticas – EDP´s
Contempla a apresentação de trabalhos (pesquisa em andamento, concluídos e relatos de experiências), dentro dos eixos temáticos e áreas do evento. Nela, tanto os apresentadores, como os participantes sem trabalhos inscritos têm a oportunidade de discutir, apresentar experiências e trocar informações. Cada autor poderá apresentar apenas 01 trabalho e deverá ter 75% de freqüência no seu EDP, sendo que a carga horária é de 16 horas.
Prazo para envio de Resumos para os EDPs– 07/04/2014
Prazo para envio dos Trabalhos Completos para os EDPs – 05/06/2014
Prazo para Envio de Propostas de ESCs, TCs e GTs – 04/05/2014
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MANIFESTO DE APOIO AOS INDÍGENAS DE GUAÍRA E TERRA ROXA NO PARANÁ/BRASIL
A Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Local de Marechal Cândido Rondon, vêm se manifestar em relação à luta dos indígenas nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, no Estado do Paraná. Em visita realizada por uma comissão da AGB – Seção de M.C. Rondon, no dia 15 de março de 2013, foi verificada uma situação que demanda de medidas urgentes para a solução das dificuldades enfrentadas pelas 140 famílias indígenas da etnia Avá-Guarani que estão organizadas em 13 ocupações de áreas urbanas e rurais nos referidos municípios.
As famílias indígenas não têm a garantia de condições e direitos básicos mínimos como acesso à água potável, energia elétrica, escola, saúde, etc. Existem situações, como no caso de duas ocupações urbanas em Guaíra, que as famílias se encontram em situação extremamente insalubres, pois estão instaladas próximas ao “lixão” e aterro sanitário. Em outras situações, escolas das comunidades são mantidas pelos próprios indígenas, pois o poder público estadual, principalmente, não aprova a instalação de “escola itinerante” para os indígenas porque considera que suas ações e ocupações são ilegais.
Embora estivessem presentes na região desde passado distante (os vários sítios arqueológicos são cabal evidência da sua presença na região), os indígenas são acusados pelos setores dominantes locais de serem paraguaios que estão invadindo terras no Brasil. Na realidade, estes indígenas foram expulsos de seu território no Paraná a partir da década de 1950 com a Frente de Expansão e muitos migraram para outras regiões, sobretudo para o Estado de Mato Grosso do Sul. Em vista da expansão do agronegócio, sobretudo de cana-de-açúcar, e a bárbara violência cometida contra os indígenas naquele Estado, muitos indígenas estão retornando para seu antigo território nos municípios de Guaíra e Terra Roxa. Portanto, o retorno dos indígenas é motivado pelo contexto de expansão do agronegócio e a violência nele implícita, bem como pela retomada das suas raízes territoriais e culturais, enfim retomada de sua organização social, política, econômica, etc.
Para garantir sua sobrevivência, além de medidas assistenciais, como o Programa Bolsa Família, por exemplo, as comunidades se organizam para produção de subsistência nas áreas ocupadas. Muitos indígenas também buscam trabalho na construção civil, propriedades agrícolas, frigoríficos, colheita de maçã em Santa Catarina, dentre outras. Mas, para dificultar a luta e ocupações, recentemente, empresários e alguns proprietários rurais mobilizam-se na região para a não contratação da mão-de-obra indígena.
Acrescenta-se que os indígenas são vítimas de um bárbaro e sórdido preconceito das elites locais e regionais que se reproduz em meio à população, sobretudo a partir de notícias veiculadas na imprensa. Aliás, geralmente os indígenas são apresentados como invasores de propriedades “produtivas” que visam tomar 100 mil hectares de “legítimos proprietários” e por isso ameaçam o desenvolvimento e o bem estar da sociedade local e regional. Também os segmentos que apoiam as lutas indígenas, inclusive a Funai local, são vistos pelos ruralistas locais organizados nos Sindicatos Rurais Patronais como inimigos do progresso e do desenvolvimento da região.
Mas, ao contrário do que é divulgado, os indígenas não estão reivindicando a demarcação de 100 mil hectares de terra na região Oeste do Paraná. Sua luta é pela demarcação de terras que sejam o suficiente para a garantia de sua existência e reprodução da cultura, modo de vida, tradições, religião, costumes, enfim, do seu território.
A demarcação de terra e o atendimento da reivindicação dos indígenas trará um conjunto de benefícios ambientais à região, pois sua relação com a natureza é harmônica, enquanto a agricultura convencional de negócio (agronegócio), que caracteriza o Oeste do Paraná é altamente dependente do uso de agrotóxicos e venenos nas lavouras, que contamina a água e o solo e destrói a vegetação, fauna, rios, etc. A demarcação dessa área de terras para os indígenas será oportunidade impar para a formação de um território livre de agrotóxico e venenos diversos. Assim, toda a sociedade, e não somente os indígenas, será beneficiada com essa demarcação.
Neste sentido, Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção Local de Marechal Cândido Rondon, manifesta seu apoio à luta dos indígenas considerando legítimas suas reivindicações e convida a sociedade civil e entidades organizadas (associações, sindicatos, movimentos sociais, etc.) a se somar favoravelmente a essa luta. Também se manifesta repudiando veemente ao preconceito e agressividade de setores da sociedade local e regional, como alguns meios de comunicação, segmentos políticos, lideranças ruralistas e empresariais organizadas em entidades diversas, que atuam de variadas formas para deslegitimar a luta dos indígenas pelo direito ao seu território.
- Está na hora das Prefeituras, Câmaras de Vereadores, Deputados da Região Oeste e do Governo do Estado se posicionarem a favor da luta dos indígenas!
- Dilma precisa se posicionar e demarcar já as terras indígenas!
- Já são mais de 500 anos de massacre e destruição contra os indígenas! Já passou da hora dos povos indígenas serem respeitados em seus direitos!
Marechal Cândido Rondon, 20 de março de 2013.
Entidades que assinam e apoiam o Manifesto:
Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção Local de Marechal Cândido Rondon/PR
Associação dos Estudantes de São Pedro do Iguaçu - AESPI
Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Local de Curitiba
Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Local de Aracaju
Associação dos Portadores de Lesões Por Esforços Repetitivos – AP-LER
Associação Regional em Defesa da Ecocidadania e da Cidade Sustentável – ARDECS
APP de Luta e Pela Base – Oposição Alternativa/Oposição à direção da APP-Sindicato
Centro Acadêmico de História UNIOESTE M. C. Rondon “Zumbi dos Palmares” - Gestão: "Quem vem com tudo não cansa".
Centro Acadêmico de Geografia UNIOESTE M. C. Rondon “CAGeo Chico Mendes”
Centro Acadêmico de Ciências Sociais UNIOESTE Toledo
Centro Acadêmico XVIII de Novembro - Direito - Unioeste M. C. Rondon
Centro Acadêmico de Geografia - UFPR
Centro de Direitos Humanos – CDH - Foz do Iguaçu
Coletivo de Estudos sobre Conflitos pelo Território e pela Terra – ENCONTTRA – UFPR
Diretório Central dos Estudantes UNIOESTE – Marechal Cândido Rondon
Diretório Central dos Estudantes UNIOESE – Toledo
Federação Nacional dos Estudantes de Direito - FENED
GT Combate ao Racismo Ambiental (Entidades que formam esse GT - https://racismoambiental.net.br/quem-somos/)
Laboratório de Geografia das Lutas no Campo e na Cidade – GEOLUTAS - UNIOESTE
Laboratório de Pesquisa Trabalho e Movimentos Sociais – LTMS – UNIOESTE
Laboratório de Estudos Rurais e Urbanos - LABERUR/UFS
Partido Socialismo e Liberdade - Cascavel
Partido Socialismo e Liberdade – São Pedro do Iguaçu
Partido Socialismo e Liberdade – Toledo
Partido Socialismo e Liberdade - Marechal Cândido Rondon
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU/Oeste do Paraná
Sindicato Docente da UNIOESTE - ADUNIOESTE/Seção Sindical do ANDES-SN
TODO APOIO AOS TRABALHADORES DA DIPLOMATA EM CAPANEMA!
RELATO-MANIFESTO SOBRE A SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES DA DIPLOMATA
Confira o vídeo da passeata que os trabalhadores organizaram autonomamente no centro de Capanema exigindo os seus direitos e os salários:
https://www.facebook.com/photo.php?v=313092078809344
-PELA ATENÇÃO IMEDIATA DA PREFEITURA DE CAPANEMA E DO GOVERNO DO ESTADO AOS TRABALHADORES!
-PELO PAGAMENTO IMEDIATO DOS SALÁRIOS!
-PELA PUNIÇÃO DE ALFREDO KAEFER!
-PARA SALVAR A ECONOMIA LOCAL E OS EMPREGOS: ESTATIZAÇÃO DA EMPRESA SOB O CONTROLE DOS TRABALHADORES!
ASSIBGE - Sindicato Nacional IBGE - Núcleo Sindical Paraná
Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB Seção Marechal Cândido Rondon
Centro Acadêmico de Ciências Sociais "Florestan Fernandes" - UEM
Centro Acadêmico de Comunicação Institucional UTFPR
Centro de Direitos Humanos – CDH Londrina
Centro de Estudos Políticos e Culturais de Londrina
Coletivo Barricadas Abrem Caminhos
Partido Socialismo e Liberdade – PSOL Paraná | DIREÇÃO ESTADUAL
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU Região Oeste
Pastoral Operária de Marechal Cândido Rondon
Rompendo Amarras – Campo de Juventude e Movimento Estudantil
Sindicato Docente da Unioeste - ADUNIOESTE/Seção Sindial do ANDES-SN
União da Juventude Comunista - UJC Foz do Iguaçu
Unidade Classista - Foz do Iguaçu
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Informes
Boletim
28/05/2011 14:48Eventos
12/11/2010 19:502° circular revista geografia em questão
22/09/2010 01:49XVIII ENSUL
10/09/2010 14:29Anais XVI ENG
16/08/2010 16:47Guia do Participante – ENG Porto Alegre 2010
11/06/2010 18:40Encaminhamentos da Comissão de Credenciamento do XVI ENG
03/06/2010 00:34Reunião
29/05/2010 17:52Monitoria XVI ENG
28/05/2010 17:51Comissão de Credenciamento
26/05/2010 17:50_BOLETIM_AGB-MCR_22º.pdf (486,8 kB)
Clique no link acima e acesse o último boletim publicado, n° 22.